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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Um Molho de Chaves na Mão

Um molho de chaves e nenhuma porta para abrir. Para nós que vivemos nesta terra abençoada, que mais parece o céu, apesar das balas perdidas, e dos toques de recolher em algumas comunidades, apesar do trânsito caótico e da poluição dos centros urbanos. Sim, apesar destas e de outras coisas, esta terra mais parece o céu. Eu volto todos os dias pra casa e encontro ela em segurança e assim mantendo minha família.

Mesmo quando passo várias semanas longe de casa, sei que não terei grandes surpresas ao retornar. Mas bastaram uns poucos dias e aquele menino, com seu molho de chaves na mão, não encontrou nem mesmo a porta de sua casa, pois ela não mais existia. Conseguiu, mo meio do monturo, sentar em uma poltrona, para ali chorar seus lamentos.

Pais perderam filhos, mulheres, os seus maridos, e grande maioria dos lares viraram ruínas. Não quero agora culpar o Hamas, nem Israel, mas a falta de amor no coração do homem, não digo nem amor pelo próximo, mas amor próprio. Pois só quem não pode amar-se verdadeiramente é capaz de fazer atrocidades com o seu próximo, não importam os pretextos.

Você já percebeu que todo ato insano tem uma justificativa plausível? Digo Plausível mesmo, pois toda justificativa o é, são razoáveis, ponderáveis e principalmente, EGOÍSTAS. Aí esta o verdadeiro significado do desamor, o egoísmo.

Sim, vejo em tudo isso justificativas plausíveis, tanto de Israel quanto do Hamas ou dos palestinos, mas todas egoístas, melhor dizendo, insanas, na verdade, absurdas. De quem é a terra que pisamos? De ninguém, de todos! Como eu creio, o mundo foi feito para o homem e o homem para o mundo, não existe etnia, não existem raças. A raça humana é única e ainda não percebeu isso.

Na verdade, “Do ETERNO é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”. A Paz é possível, sim, ela ainda não chegou, pois quem pode dizer que aquele menino alcançou a paz? Talvez não tenha nem encontrado seus pais, muito menos a paz. Talvez, quando os homens entenderem as palavras importantes daquele homem humilde que aqui pisou e andou entre nós: “amem o seu próximo como a vocês mesmos”. Nisto reside o caminho para a Paz, a tão sonhada e desejada Paz que desejam os palestinos, os cidadãos da ONU, do mundo, eu mesmo sonho a cada dia com isto.

Quem sabe um dia fará sentido o lema da ONU, "E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear." (Isaías 2 : 4)

do blog http://tito.mendes.zip.net

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