Fico imaginando Jesus,
sentado no banco de nossas “igrejas”, assistindo a um culto
domingo à noite. Sim, creio que Ele é Deus, onisciente e que
verdadeiramente tem presenciado toda a presepada, digo, celebração
que tem acontecido em nossos templos. Infelizmente nós é que não
nos damos conta de que Ele tudo vê.
O que temos visto em
nossas “igrejas”? Shows, danças, apresentações, promoções de
grupos de louvor, cantores, conferencistas, pregadores. Um verdadeiro
palco onde os astros se apresentam e um público passivo assiste ao
espetáculo. Espetáculo este que tem doses de emoção, carisma,
sensações diversas, empolgação, entorpecimento, satisfação, uma
verdadeira droga entorpecente, lícita e improdutiva.
Aliás, qual o conceito
de “igreja” boa? Aquela que é animada, que não dá sono, que
empolga o público, que sacode a galera... E pastor bom? Que fala
bem, bonito, tem boa aparência, retórica fina, que emociona os
ouvintes e conta boas histórias.
E qual o resultado de
tudo isto? Chega a segunda-feira e tudo volta ao normal, a maioria
das pessoas continuam a viver uma vida sem crescimento espiritual,
sem consciência da consequência do pecado, sem noção da justiça
de Deus, sem um relacionamento real com Cristo. Além de continuar
pagando suas propinas, mentindo, roubando, adulterando...
Lamento muito que a
“igreja” de hoje seja, incontestavelmente, tudo isso, e não
queremos nos dar conta ao ponto a que chegamos, estamos nós
entretidos, entorpecidos, meio que dizendo assim: “mexe nisso não,
deixa do jeito que tá, que tá bom...” E Cristo vendo tudo isso
(sabe-se lá com que sentimentos...).
O que se aproveita da
“igreja” de hoje? Quando o fogo queimar, o que vai sobrar? O
alicerce? Que alicerce é esse? O Evangelho? O Novo Testamento? Me
desculpem, mas não tenho encontrado essas coisas no Novo Testamento.
Será que é só eu que
vejo isso? Só eu que estou inconformado? Será que não temos que
mudar? Ou será que estou errado?
Tito Mendes.