“Eu
sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não
terás outros deuses diante de mim.” (Êxodo 20:2-3)
"Ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se
dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a
Mamom." (Mateus 6 : 24)
Não
quero aqui levantar uma discussão teológica a respeito de Deus e os
significados desta palavra, mas em princípio precisamos sim entender, ainda que
sumariamente, seu significado. Você verá nos dicionários significados diversos,
mas resumirei brevemente: chamamos de Deus, uma entidade que consideramos
suprema, criadora de todas as coisas, que está muito acima de nosso
entendimento, a qual veneramos, adoramos, suplicamos cura, misericórdia,
salvação.
Na
Bíblia Sagrada, Deus (Elohim) pode ser o Eterno, Supremo criador de tudo, Justo
Juiz, Santo, mas também amoroso para com a humanidade. A palavra também pode
significar “deuses”, entidades criadas por homens caracterizadas por imagens
produzidas por suas mãos simbolizando os poderes da natureza, a fertilidade,
entre outras. Por vezes recebendo diversas denominações, “Baal”, “Azerate”, “Dagom”
etc.
Fico
pensando constantemente neste primeiro mandamento do decálogo, talvez imaginemos
que não o quebremos, pois não temos outros deuses. Não penso assim, existem
várias maneiras de ter outros “deuses”. É claro que o complemento “diante de
mim” tem uma significância importante, significa que, se estamos diante d’Ele,
O declaramos como nosso Deus, sendo assim, tem de ser o Único. Se você não crê
neste Deus Único, este artigo não se refere a você.
Mas
de que forma podemos ter outros deuses? Há duas formas de adorar outro deus, a
primeira é descaracterizando o Deus Verdadeiro, o Deus da Bíblia é o que Ele é,
não o que eu quero que Ele seja. Quando dizemos que deus é assim, ou assado,
adequando a divindade a nosso modo de ser, pensar ou agir, estamos criando um
deus particular, como o povo antigo de Israel considerava Baal (Senhor),
dando-lhe imagem como lhes convinha e aproximando-o nos seus outeiros ou suas
árvores frondosas.
A
segunda maneira de ter “outros deuses” é quando substituímos o Eterno por
criaturas, pessoas, entidades ou ídolos dando a eles importância divina. Quando
fazemos isso? Quando falamos com paixão do nosso time do coração, quando nos
aglomeramos, gritamos, choramos e pulamos com empolgação por causa dele. Quando
agimos de forma semelhante por causa do cantor ou cantora, quando idolatramos o
pregador famoso, ou mesmo o “pastor da minha igreja”.
Quando
perdemos horas preciosas em frente a televisão, seja por causa da novela, do
seriado da TV, ou mesmo por causa do apresentador do telejornal, praticamente o
“dono da verdade” que se forma dentro de nós. Quando nos dedicamos a algo que
se torna tão importante em nossas vidas que nos tomam tempos preciosos de
comunhão com o Eterno, com sua Palavra, ou até mesmo com nossos parentes,
familiares, amigos...
O
seu senhor é aquele a quem você serve, a quem você se dedica, por quem você
clama, com quem você passa horas preciosas de sua vida, pense bem e avalie como
você tem gastado as horas do seu dia? O sermão da montanha tem uma relação
extremamente forte com o Decálogo. “Não terás outros deuses diante de Mim”
significa exatamente “Não servir a dois senhores porque ou há de odiar um e
amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro”.
Dedique-se
ao que realmente importa, abandone tudo aquilo que está roubando o tempo de
Deus, do conhecimento da Palavra, da sua família, dos seus estudos, ou até
mesmo dos seus amigos, priorize o que realmente importa, pregue o Evangelho com
a mesma empolgação com que você falava do seu time de futebol, leia ou ouça a
Bíblia com a mesma dedicação com que você assistia a TV, valorize o louvor a
Deus, não a música do cantor gospel, aproveite para dar mais atenção aos seus
pais, ao seu cônjuge, aos seus filhos, compartilhe boas coisas com seus irmãos
e amigos, assim estará fazendo a vontade de Deus, o Eterno.
Tito
Mendes