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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Qual a condição das pessoas depois que morrem?


Esta é a resposta à terceira pergunta da Aline:
Antes de considerar a condição das pessoas após a morte é necessário considerar o conceito de morte. O homem foi criado para viver, na presença de Deus, aliás, a presença de Deus é vida, João 14. 6, "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."  (João 14 : 6)
Na verdade há dois tipos de morte, a morte física e a espiritual. Considerando que o homem foi criado para viver, a morte é tão somente conseqüência da escolha feita pelo homem ao rebelar-se contra a Palavra de Deus. Gênesis 2. 17  “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
O conceito de morte expressa a separação, a física: separação entre a alma e o corpo, e espiritual a separação entre o homem e Deus, Gênesis 2. 17(não farei um trabalho exegético aqui, mas este texto expressa os dois tipos de morte), Romanos 3. 23, “Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus”, e, ainda Mateus 25. 32 “E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas”.
A primeira coisa a se esclarecer em relação à morte é que ela só ocorre fisicamente uma vez: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,"  (Hebreus 9 : 27), biblicamente falando não haverá sucessivas mortes e vidas (reencarnação), a Bíblia deixa claro que a vida é uma só, é uma oportunidade única do ser humano encontrar a Vida(João 5. 24).
Outra coisa a se considerar é o conceito de sofrimento após a morte, o que chamamos de inferno. Jesus, a Palavra Viva nos deixou conceitos claros a respeito dessa condição, na qual estarão todos os que rejeitam sua Palavra. "Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora."  (Lucas 13 : 28)
Um texto em que Jesus esclarece a condição do homem após a morte é o de Lucas 16. 19-31, que costumeiramente chamamos “Parábola do Rico e Lázaro” e que em momento algum Jesus chama de parábola, justamente por expressar a condição real do homem após a morte.
Já sabemos que a Salvação é resultado da misericórdia Divina, por isso o texto diz: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão” (v. 22), aquele que alcança a misericórdia do Senhor, é consolado nos braços do Senhor, representado aqui por Abraão. Veja também Apocalipse 7. 9-17.
Quanto ao que rejeita sua misericórdia é essa a sua condição: "E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama."  (Lucas 16 : 24), ver também Mateus 8: 12, 13: 42, 50; 22: 13; 24: 51; 25: 30.
Não há meios de fugir desta condição nem dela ser aliviado: "E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá."  (Lucas 16 : 26), e nesta condição ficarão até presenciarem o julgamento final: Mateus 35: 31-46.

Pr. Tito

domingo, 20 de setembro de 2009

Perguntas da Aline


Aline é uma nova decidida que batizei recentemente e que está empenhada em fazer a vontade de Deus e levar o Evangelho às pessoas que Deus tem colocado ao seu redor, como não estou mais pastoreando a  sua igreja ela me enviou algumas perguntas para auxiliá-la no seu ministério de evangelização.
Suas duas primeiras perguntas são as seguintes:

1 – O que determina se uma pessoa vai ser salva? São as boas obras que ela faz nessa vida?

2 – O que preciso fazer para ser salva?

A resposta abaixo responde às duas perguntas:

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2 : 8-9)


A Salvação é resultado da Graça Divina e Graça é favor imerecido. Para entender bem a questão da falta de mérito em relação à Salvação é preciso entender (e crer) que Deus é Santo, sua santidade é por nós inimaginável, mas é exigida por Ele a quem o segue:

"Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus." (Levítico 20:7)

"Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;" (I Pedro 1:15)

O problema é que o pecado nos impede de nos aproximar de Deus, menos ainda de alcançar o nível de santidade que nos é exigido:

"Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um." (Salmos 14 : 3)

"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;" (Romanos 3 : 23)

Dada essa condição não há nada que o homem faça que o leve à salvação, nem mesmo as boas obras, Efésios 2. 9, mas, como o amor de Deus pela humanidade também é imenso, ver João 3. 16, aprouve a Ele fazer tudo o que seja necessário para que fôssemos salvos:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3 : 16)

"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 6 : 23)

Ao homem basta crer, não há nada além disso que façamos que tenha influência em nossa salvação, ver Efésios 2. 8-10, "E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa." (Atos 16:31), "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." (João 5 : 24)

Em breve estarei respondendo outras perguntas que, com certeza, será de grande auxílio para outras pessoas além da Aline, que Deus abençoe a sua vida.

Pastor Tito

domingo, 13 de setembro de 2009

Babel e Pentecostes

“E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala” Gênesis 11. 1.
Hoje em dia faz-se tata confusão por causa do Pentecostes que chego a duvidar da presença do Espírito Santo em certos grupos. A confusão a respeito de Atos 2 é imensa. O Pentecostes é um fato simples, maravilhoso e singular. É o cumprimento da promessa de Cristo: “não vos deixarei órgãos”, “falarão novas línguas”.
Não consigo ler Atos 2 sem me reportar a Gênesis 11. “Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e um só modo de falar”(11. 1 ARA). Uma mesma língua e uma mesma fala! Não havia sotaques nem regionalismos! Mas havia rebeldia e desobediência. O resultado nós sabemos, confusão e dispersão...
Pentecostes é o oposto de Babel. Em Babel a ordem era: “Enchei a terra” (Gn 9. 1), mas a resposta foi: “edifiquemos nós uma cidade (…) para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra”(Gn 11. 4). O resultado foi a confusão de línguas.
Em Pentecostes este era o mandado: “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”(Lc 24. 49). Não era uma ordem fácil de obedecer. Voltar para onde sacrificaram o Mestre, para o meio da confusão e da revolta, da possibilidade de perseguição e até de martírio. Mas eles obedeceram e “então voltaram para Jerusalém”(At 1. 12) e esperaram “unânimes em oração e súplicas”(v. 14).
O resultado foi o singular evento de Pentecostes. O Espírito veio sobre a igreja, não somos órfãos! Ele está conosco! E “eles começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”(At 2. 4). O Espírito Santo concedeu, não o que eles houvessem pedido nem imaginado, mas o que era necessário.
“E cada um os ouvia falar na sua própria língua”(v. 6b), o oposto de Babel. A língua que foi instrumento para dispersão dos povos, agora é para trazer de volta ao Eterno. O Espírito Santo dispensa intérpretes, aliás quando se fala das grandezas de Deus(v. 11) cada um entende, ou pelo Espírito, e assim glorifica a Deus, ou pelo entendimento próprio e mesquinho(v. 13).
O Espírito nos leva a falar uma outra língua, nenhuma das faladas em Babel, ou qualquer das variações posteriores, nenhuma língua ininteligível que necessite interpretação, pois Ele não necessita de intérpretes, Ele nos leva a falar a língua universal do Amor. “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”(1 Co 13. 1). Babel, confusão e desobediência, Pentecostes, Graça, unidade e glória ao Deus Eterno.
Pastor Tito.