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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Veio a Quem a Palavra do Senhor?


Uma elucubração a respeito dos falsos profetas
Vivemos em um mundo cheio de pregadores estilosos e mensagens empolgantes. Essa é a era magna do discurso e da aparência. Muita gente parece boa, muito discurso parece certo, mas certamente é bonito. Por isso há necessidade de se avaliar o que é certo ou não em meio a tantas opções. Será que tudo que ouvimos é a palavra de Deus? Será que todos estes pregadores são profetas dignos de audição? Creio que não podemos dizer que sim. A segunda carta de Pedro nos diz que, assim como houve falsos profetas, haverá falsos mestres, 1 Pe 2. 1. Como podemos então distinguir o que é falso do que é verdadeiro?
A Palavra nos diz que devemos provar os espíritos (1 Jo 4. 1). Para tanto precisamos saber o que é um profeta. Um profeta é aquele que: é chamado por Deus, 1 Samuel 3. 1; aceita de bom grado, Isaías 6. 8; reconhece suas limitações, Jeremias 1. 4-9; recebe capacitação plena de Deus, Ezequiel 2. 1-10 e não vive do título de profeta, Amós 7. 14-15; Atos 20. 33. Precisamos também saber que todos somos sacerdotes, reis e profetas quando estamos cumprindo os propósitos de Deus, pois o ministério da fé, nos dias de hoje, é para todos, não é algo exclusivo a alguns (1 Pe 2. 9-10).
Porque então existem falsos profetas, por que Deus os permite?
Deus os permite para que, por meio deles, sejamos provados (Dt 13. 3). Não para que Ele conheça quem é fiel ou não, pois Deus conhece nossos pensamentos e intenções, mas para que nós mesmos conheçamos quem somos, se temos maturidade para discernir o bem, e não somos levados por qualquer vento de doutrina que aparece. A prova portanto é para nós.
Qual é a sua mensagem?
Os falsos profetas proferem mentiras (Jr 23. 25-26), Falam de coisas não ditas por Deus, distorcem a Palavra de Deus, fortalecem a mão dos malfeitores (Jr 23. 14), incham as almas inconstantes (2 Pe 2. 14), inflamam de desejos superficiais aqueles que buscam alguma verdade (2 Pe. 2. 18). A mensagem da moda é prosperidade e saúde, como se a morte e a pobreza pudessem ser evitadas (Hb 9. 27-28; Mt 6. 19-21).
O que levam as pessoas ao caminho da falsa profissão religiosa?
O primeiro motivo é a atratividade (At 20. 30), a busca pela sensação de liderança, a síndrome do pastoreio: “tenho minhas ovelhas, eu sou pastor, bispo ou apóstolo”. Outro motivo é a demonstração de poder (Mt 24. 24), curas, sinais, indumentária, “palavras mágicas”, mantras, gestos especiais, cumprimentos distintivos com o objetivo de destaque e de proeminência. E, talvez, o pior de todos, a motivação financeira (Mq 3. 11; 2 Pe 2. 3), a usura, a cobiça e o amor ao dinheiro, que é a raiz de todos os males (1 Tm 6. 10), qual de vós, pastores, que porventura leiam este artigo, já não sofreu em alguma sessão decidindo o seu salário?
Jesus é o Profeta (Dt 18. 15-18), o Sacerdote (Hb 7. 21-22), o Rei Eterno, o Messias, o Caminho, e a Verdade, e a Vida (Jo 14. 6), não há verdade fora dEle, Ele é o assunto de quem fala a Verdade, as Palavras são dEle, Ele é a porta, Ele é o que entra pela porta, Ele é o Pastor (Jo 10. 11), o único Pastor (Ec 12. 11), as ovelhas são dEle, Ele mesmo diz que “quem não entra pela porta é ladrão e salteador”, é “lobo” e “mercenário”. O falso profeta é o ladrão e mercenário, quer arrebatar as ovelhas, mas quem segue o ladrão e mercenário, não é de Deus, "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" (Jo 10. 27). Aqueles que dão ouvidos aos falsos profetas não estão isentos do juízo.