Muitas pessoas
sofrem por não terem uma ideia clara a respeito do que seja ou não
seja pecado, pois a essência de seu significado tem se mantido presa
à ideia de religião, religiosidade ou à prática religiosa. A
ideia teológica do pecado mantêm-se na questão de “errar o
alvo”, mas que alvo? A Lei, pra ser mais específico, a Lei de
Moisés.
Aí se faz muita
confusão. Pois na verdade, a Lei não é de Moisés, é de Deus. Mas
a Lei é sim de Moisés a partir do momento que ela é formadora e
fomentadora da Religião (Judaica ou outra qualquer), o que podemos
chamar de Lei Cerimonial, e eu prefiro chamar de Regra Religiosa.
A Regra Religiosa
têm muitas faces, pois há muitas religiões, muitas denominações
religiosas, cada uma delas com suas regras peculiares. Sabemos porém
que o fiel não segue regras religiosas mas a Sã Doutrina, a Palavra
de Deus, conforme o ensinamento de Jesus Cristo e dos Apóstolos.
Então vejamos,
pecado pode ser a quebra da regra religiosa, do tipo "Não
toques, não proves, não manuseies?" (Colossenses 2 : 21). Só
que a Lei de Deus não é cerimonial, é relacional. Foi instituída
para nela se verificar a relação entre um ser injusto, o homem, com
o Justo Deus. O que é manifesto nas palavras de Jesus quando
responde ao ser interrogado a respeito do maior dos mandamentos. Sua
resposta deixa claro que a Lei sempre teve o objetivo de estabelecer
o equilíbrio no relacionamento entre o homem e Deus e entre o homem
e o seu próximo.
Mas o que isso tem a
ver com o pecado? Muito. As Palavras de Cristo nos mostram que pecado
nada mais é do que a quebra de relacionamento, ou seja, toda e
qualquer coisa que façamos que venha a quebrar nosso relacionamento
com Deus e/ou com o seu próximo.
Em suma, berber,
fumar, ouvir música do mundo, deixar de frequentar a reunião no
templo religioso, deixar de dar o dízimo, entre outras coisas são
quebras da regra religiosa, mas não exatamente pecado. Cristo
cesurou o sistema religioso, e por muitas vezes, preocupando-se com
seus discípulos, deixou diversas orientações para que não nos
tornássemos um.
Cristo edificou a
sua igreja para que nos tornássemos seu povo, seu corpo, sua noiva. Uma
comunidade viva, nutrida por relacionamentos amorosos, uma comunidade
de Fé anunciando o Seu amor a um mundo desprovido do senso de
comunhão de amor e de afeto.
Somos pecadores por
natureza pois vivemos quebrando nossos relacionamentos, mas redimidos
pela Graça Redentora de Cristo Jesus, imersos no Seu Amor, estamos
reconstruindo relacionamentos quebrados e ampliando esta rede de
relacionamentos ao nos constituirmos como Igreja do Senhor Jesus.